Amapá - Volta ao Brasil em 27 Danças.

Dando seguimento a nossa viagem, hoje visitaremos o Estado do Amapá. Esta série de postagens - Volta ao Brasil em 27 Danças - é um projeto que já faz um tempo que estou querendo elaborar. Por achar de extrema importância a pesquisa da dança em nosso território nacional trago até vocês esta matéria que vai falar um pouco de cada estado da federação e citar pelo menos uma dança típica de cada um deles.


Fonte: Wikipédia - A enciclopédia livre

O Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. Ocupa uma área de 142.814,585 km². A capital é Macapá.

Marabaixo

Fonte: Portal do Governo do Amapá

É considerado uma tradição secular, passa de geração em geração através dos anos. É dançado na capital, Macapá, anualmente, nos meses de maio, junho e julho, nos bairros do Laguinho, na Favela e na comunidade do Curiaú.O ritual do Marabaixo começa (veja calendário) com o Ramo da Aleluia, onde se inicia a dança dos devotos com o tradicional batuque, e se prolonga até o Domingo do Espírito Santo, também chamado de Marabaixo do Senhor do Quinto Domingo. 
Após o Sábado da Aleluia, os negros do Curiaú e do Laguinho, cortam um mastro de macumbeira ou de anauazeira. Na quinta-feira, depois do Marabaixo do Quinto Domingo, homens, mulheres e crianças vão apanhar a murta, dançando e cantando.

 Um pequeno mastro é conduzido pela cidade, agitando uma bandeira vermelha à frente, tipo um balizamento, fazendo evoluções, onde segue também a bandeira do Divino Espírito Santo,principal alvo de homenagem dos fiéis devotos.Tempos outrora, os foliões do Marabaixo entravam dançando na Igreja de São José de Macapá, e alguns rapazes subiam até a torre para tocar o sino, festivamente. O traje dos homens constava de uma camisa branca com bordados, calça branca, chapéu de palha enfeitado com fitas e sandálias de couro, enquanto o traje das mulheres era composto de camisa de renda, saia estampada e rendada, anáguas, arranjos naturais na cabeça (flores) e calçadas com sandálias de couro. 
A missa e as novenas eram fundamentais no ritual. As bandeiras da Santíssima Trindade do Divino Espírito Santo e do Espírito Santo Real eram hasteadas em frente à Igreja matriz de Macapá e todos dançavam guiados pelo célebre mantenedor (cantador) Ladislau, morador de Curuçá, ou por mestre Julião Ramos. As mulheres cantavam como solistas ou “coristas”, sendo que algumas o exaltavam várias vezes (em rimas e versos denominados de versos “ladrões”). Homens, rapazes e crianças se empenhavam em luta corporal, na tradicional capoeira.

Nos bairros do Laguinho e Favela, na comunidade do Curiaú e até nas residências de pessoas importantes da cidade, dançavam-se o marabaixo. Naquela época, de preferência, à noite, a casa de dona Gertrudes, no bairro da Favela, dançava-se o Marabaixo com todo o fino ritual que lhe é peculiar. Atualmente, o Marabaixo continua ocorrendo no Laguinho, com maior freqüência, onde se pode verificar mais de perto as raízes e toda a ritualística do evento. Os principais aperitivos servidos (em cuias) durante o ritual, principalmente no batuque, são a gengibirra, a catuaba e a macura. Depois, veio o tradicional cozidão feito com muito caldo, carne desfiada, diversas verduras, frutas
e legumes. A participação é livre, sendo que qualquer pessoa pode participar espontaneamente ou a pedido dos festeiros.

Texto de Edgar Rodrigues


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