Rondônia - Volta ao Brasil em 27 Danças

Olá caros amigos da dança e leitores de nosso querido blog Mundo da Dança. Estou aqui para dar continuidade a nossa mais longa e famosa Série: Volta ao Brasil em 27 Danças.

E hoje vamos falar do Estado de número 22 de acordo com a ordem alfabética. Como sempre citando um pouquinho sobre o estado e sobre alguma dança folclórica da região. Para quem quiser ver a série completa é só acessar a postagem índice de nosso blog. Lá irão encontrar todos os tópicos relacionados.

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Rondônia

Fonte: Wikipédia
Rondônia é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Norte e tem como limites os estados do Mato Grosso a leste, Amazonas ao norte, Acre a oeste e a República da Bolívia a oeste e sul. O estado possui 52 municípios e ocupa uma área de 237.576,167 km², equivalente ao território da Romênia e quase cinco vezes maior que a Croácia. Sua capital e município mais populoso é Porto Velho. Além desta, há outras cidades importantes como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Espigão do Oeste, Guajará-Mirim, Jaru, Rolim de Moura, Vilhena e Presidente Médici.

Pertencente à Região Norte do Brasil, é o terceiro estado mais populoso desta macrorregião, com seus 1,6 milhão de habitantes em 2012, sendo superado apenas pelo Pará e Amazonas. No entanto, apenas dois de seus municípios possuem população acima de 100 mil habitantes: Porto Velho, a capital e sua maior cidade com 450 mil habitantes em 2012, e Ji-Paraná, com quase 120 mil habitantes. A população rondoniense é uma das mais diversificadas do Brasil, composta de migrantes oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais destacam-se os goianos, paranaenses, paulistas, mineiros, gaúchos, capixabas, baianos, mato grossenses e sergipanos (cuja presença é marcante nas cidades do interior do estado), além de cearenses, maranhenses, amazonenses e acreanos, que fixaram-se na capital, preservando-se ainda os fortes traços amazônicos da população nativa nas cidades banhadas por grandes rios, sobretudo em Porto Velho e Guajará-Mirim, as duas cidades mais antigas do estado.


Duelo da Fronteira: A Festa na Floresta de Rondônia

O Evento originou-se de um projeto criado pela União Municipal das Associações de Moradores de Guajará-Mirim (UMAM), sob a presidência do Sr. Aderson Mendes da Silva, com orientação e apoio da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), através do Campus de Guajará-Mirim. Em 1995 realiza-se o Primeiro Festival Folclórico da Pérola do Mamoré com a presença dos dois principais bois bumbás da região: Flor do Campo e Malhadinho, porém, marcadas somente pelas apresentações das danças, sem competição.

Em 1996 realiza-se o segundo Festival também sem O III Festival realizado em 1997 marca o início das competições e da grande rivalidade entre as duas principais agremiações de Bumbás, pois, é a partir dessa data que se inicia “o Duelo da Fronteira”, uma competição que ao final somente uma é consagrada vencedora que, neste Festival, foi conquistado pela agremiação do Boi Bumbá Malhadinho, também repetindo a dose no ano seguinte, consagrando-se campeã.

Nos anos de 1999, 2000, 2001e 2003, o Boi Bumbá Flor do Campo consagra-se como o grande vencedor do V, VI, VII e IX Festival, acirrando ainda mais a rivalidade e o entusiasmo dos expectadores em assistir o desenrolar dos futuros duelos.
No ano de 2002 não houve competição. E, em 2004, o resultado final simbolizou o clima de disputa e de duelo entre as duas associações de Bumbás rivais: Malhadinho e Flor do Campo, o empate.

Em 2005 o boi bumbá Malhadinho conquista o XI Festival Folclórico de Guajará-Mirim, consagrando-se como o grande campeão. Para o ano de 2006 espera-se mais um grande espetáculo e de disputa entre os dois principais bois bumbás da região proporcionando a todos aqueles que acompanham o evento a magia contagiante do folclore local refletida no brilhantismo e na explosão de alegria a cada apresentação, contribuindo para o fortalecimento e expansão da cultura local no cenário Estadual, Nacional e Internacional.

Duelo da Fronteira - Guajará-Mirim: Foto Ronaldo Nina

A FESTA DO BOI BUMBÁ

Duelo da Fronteira - Guajará-Mirim: Foto Ronaldo Nina
A Festa do Boi Bumbá ou Festa do Boi tem sua origem no Nordeste brasileiro, onde derivou de outra dança típica da referida região, o Bumba-meu-Boi. Com as constantes imigrações de nordestinos para a Região Norte do Brasil, em especial para o Estado do Amazonas, houve também a imigração de manifestações culturais, a exemplo do Bumba-meu-Boi que rapidamente foi assimilado pela população local com algumas modificações.
O Boi-Bumbá , com isso, tem sua história ligada ao Bumba-meu-Boi do nordeste, baseado na lenda do fazendeiro que possuía um boi de raça, muito bonito e igualmente querido por todos ,inclusive pelo dono. O boi ficava sob a responsabilidade do Sr. Negro Francisco, funcionário da fazenda. A Sra. Catirina, esposa do Negro Francisco, ao ficar grávida sente o desejo de comer a língua do boi, desse belo e querido boi e, com isso, pedi ao esposo que o sacrifique como forma de sanar seu desejo. Com medo de Catirine perder o filho que espera, caso o desejo não seja atendido, resolve roubar o boi de seu patrão, chamado de amo, para atender ao desejo de sua mulher. O Amo ao descobrir manda os índios caçarem o Negro Francisco, que busca um pajé para ressuscitar o boi. O boi renasce e tudo vira uma grande festa. O imaginário indígena e detalhes religiosos dos índios, como pajés e feiticeiros, foram incorporados com mais influência ao Boi-Bumbá.
É dentro deste enredo que se desenvolve as apresentações dos bois bumbás Malhadinho e Flor do Campo, trazido para Guajará-Mirim sob influência das diferentes manifestações folclóricas da Região Norte do país, principalmente do Estado do Amazonas.

O BOI BUMBÁ FLOR DO CAMPO

Criado em 1981 pela professora Georgina Ramos da Costa em uma das salas de aula da Escola Estadual Almirante Tamandaré, hoje chamada de Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Almirante Tamandaré, o Boi Flor do Campo foi primeiramente confeccionado com material de sucata, carcaça, cipós, pano, cola, papelão, jornal, cordão, agulhas, etc. Dona Georgina contou ainda com a ajuda, em especial, do professor Ermelo Mito, de dona Maria de Nazaré, da titia Lulu e da professora Valdecy Santos Paes. Na época o Boi era malhado de branco e preto e tinha o apelido de “Famosinho”.
O nome Flor do Campo veio do Pará, Estado natal de sua criadora, que é natural de Itaituba,sendo, hoje, as cores oficiais: o vermelho e o branco.


BOI BUMBÁ MALHADINHO

Criado em 1986 pelo Sr. Leonilso Muniz de Souza com o apoio do Sr. Aderço Mendes da Silva no bairro 10 de Abril, município de Guajará-Mirim, o Boi Bumbá Malhadinho foi primeiramente confeccionado em madeira, cipó, compensado, veludo e prego, suas cores eram o preto e o branco, suas fantasias eram feitas de papelão, penas, papel, lantejoulas, fitas, purpurina, sendo, hoje, as cores oficiais: o azul e o branco. Antes do início das competições propriamente dita, o boi bumbá Malhadinho marcou presença nas festividades embrionárias que mais tarde foram grandemente importantes para a estruturação do Festival.

Aleks Palitot

Historiador reconhecido pelo MEC pela portaria n° 387/87
Diploma n° 483/2007, Livro 001, Folha 098



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