A Internet e as Ferramentas de Estudo do Sapateado.

Hoje com tantas tecnologias disponíveis ao usuário de computador, faço uma análise do uso das ferramentas da internet disponíveis para o aperfeiçoamento do sapateado por estudantes e professores. no youtube, qualquer tag ou palavra chave que você digite abordando dança, sapateado, tap dance, aparecerá milhares de links relacionados ao assunto. porém, o conteúdo é que me preocupa, a decodificação destas imagens, a análise técnica do que está sendo apresentado, quem está apresentando e como isso será digerido pelo usuário é fator de análise criteriosa antes de ser absorvido e incorporado ao conhecimento.
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O relacionamento interpessoal, mesmo que com o uso deste conteúdo garimpado na internet, de tocar o aluno, de corrigir a postura e a execução técnica é fundamental para uma absorção efetiva do que está sendo aprendido. As redes sociais também constituem outra ferramenta poderosa para a capacitação dos sapateadores, principalmente no que diz respeito a conhecer quem é quem no sapateado, desde os primeiros artistas na Irlanda do séc. V, passando pela febre americana e chegando a continentes asiáticos e sul americanos, encontraremos histórias de vidas sofridas, glamourosas e cercadas de conquistas que fizeram do sapateado esta arte apreciada e respeitada.


Também é possível divulgar, fazer intercâmbio, trocar experiências através do facebook, twitter, orkut, blogs e sites diversos, o que gera renda, emprego e fomento da área. No site da google encontra-se de tudo, do bom e do péssimo. Digitando perguntas, palavras soltas, lugares ou pessoas, abrirão páginas e mais páginas sobre o assunto. Neste momento, o refinamento da pesquisa, o discernimento e o senso crítico deve ser ainda mais apurado. Mais uma vez, o profissional da área,o professor é fundamental para tirar as dúvidas do internauta.

Para as primeiras gerações de sapateadores, especialmente falando sobre o Brasil, o acesso se dava com viagens internacionais, principalmente Estados Unidos, e o investimento de muito dinheiro na compra de livros, vídeos (cassete mesmo), fitas de músicas, assistindo espetáculos e fazendo muitos cursos. Imaginem a dificuldade em adquirir conhecimento! Para as novas gerações quase tudo está disponível na internet mas este tudo é muito perigoso sem orientação. Nada substitui o professor e a transmissão pessoal dos mestres.

Os sites de downloads de músicas estão frequentemente conectados aos aparelhos cada vez mais minúsculos de reprodução musical e os utilizamos por horas, atualizando as listas e as classificamos por gênero, artistas, álbuns, ordem alfabética e o que mais quisermos fazer com as milhares que vão se acumulando e que na verdade usamos apenas umas dezenas. Mas  elas estarão lá quando precisarmos não é? Porém, a qualidade da música baixada as vezes não é boa para apresentações de palco, em jam sessions ou apresentações públicas em ambientes abertos.

Estalos e chiados, som digitalizado demais podem afetar a performance e ainda devemos ficar atentos as informações dos arquivos e seus diversos formatos para não incorrermos em erros de um arquivo mp3 wav ou wma não tocar em um equipamento de som que não suporta estes tipos de formatos.

Talento combinado com nanotecnologia pode gerar um processo de proporções quânticas no aprendizado e a mesma indagação feita no ambiente ecológico de que mundo queremos com tantas ofertas de ferramentas de consumo e desenvolvimento, podem ser perfeitamente aplicadas ao estudo da dança e neste caso especificamente do sapateado.

Que tipo de aprendizado queremos? O da quantidade? da super velocidade? Do virtuosismo absoluto? Ou do refinamento e uso racional, oportuno e reciclado, porque não!

A velha escola está tão atual como antigamente, o ritmo, o swing, o feeling entre música e dança/sapateado continuam premissas para estudantes ou profissionais. A internet tem mostrado a imensidão de informações e conhecimentos disponíveis, isto nos leva a acreditar que devemos estudar sempre, sem esquecermos da experiência somática de que nos movemos entre sensações, emoções, posturas, palavras, imagens, do conhecimento de si mesmo e do sentido gregário que nos linka com o outro.

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